Olá,
Mário, concordaria contigo se nós fossemos uma organização estruturada para fazer dinheiro como são as igrejas. Não é o caso! E, para além disso, não conheço ninguém a 'impingir' teorias da conspiração. Acredito que hajam, mas não conheço.
Eu penso que se pode fazer coisas positivas sem estar a martelar conspirações. Por exemplo, explicar como o valor do dinheiro é baseado na confiança, isto é, na crença, como numa religião: não existe valor real, existe apenas crença.
Ou explicar como a ideia (oficialíssima) que produzir mais é sinónimo de maior riqueza. É errado, produzir mais é sinónimo de mais lixo.
Ou como este sistema corporativista necessita de um X% de desempregados para poder nivelar os salários por baixo e manter tensão social.
Ou ainda como as polícias da europa estão a ser militarizadas, embora em Itália deram o salto em frente e meteram o exército nas ruas. Nos telejornais a propaganda era tão evidente que fazia rir. Viam-se pessoas a dizer "antes não saia de casa com medo, agora sinto segurança" ou "é bom para acabar com esses extra-comunitários que vêm para cá violar as nossas jovens italianas".
Em suma, tantas coisas podem ser ditas sem conspirações.
Eu tenho a certeza que tu consegues viver com tranquilidade ainda que te batam à porta a vender religiões, mas não consegues viver com 300 ou 400 euros de ordenado num trabalho precário, já para não dizer pior.
Ora, eu julgo que despertar consciências para o facto de vivermos numa ditadura é importante, porque só um grande movimento social poderá alterar este estado de coisas.
Até porque, falo com experiência, as pessoas sentem-se muitas vezes culpadas pelos fracassos nas suas vidas quando nem sequer têm voto na matéria, são usadas, violadas e deitadas fora.
EtherealSea, obrigado pela simpatia. Eu não fiz mais do que gravar dvd's e dar a quem sentia que estava interessado. Pingo a pingo o monte faz o rio!
Abraço a todos,
Luna